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sábado, 26 de outubro de 2013

Senta que lá vem a história - A Bela Adormecida

Thiago Soares e Marianela Nunez - Pas de Deux Final


Bailado em Prólogo e três atos.

Música de:Piortr Ilyitch Tchaikovky (opus 66).

Libreto e coreografia : Marius Petipa.

Estréia :15 de janeiro de 1890 no Teatro Marinsky de São Petersburgos, sob a regência do maestro e compositor também de bailados Ricardo Drigo.

O bailado se baseia na famosa historia da carochinha, o conto infantil de mesmo nome, de autoria do francês Charles Perrault (1628-1703), publicado em 1697 no livro Histories ou Contes du temps passe avecdes moralites ou Contes de ma mére l’oie.

O próprio Tchaikovsky declarou que, depois de Eugen Onegin, a ópera que precedera de dez anos A bela Adormecida, o Ballet fora a obra que mais lhe agradara escrever. A partitura é de uma inventividade e felicidade de expressão a toda prova. A 2 de novembro de 1912 o Teatro Alhambra, de Londres, levou à cena outra versão do bailado, com algumas partes novas orquestra por Stravinsky, e no último ato várias danças do bailado O Quebra-Nozes, também de Tchaikovsky. Esta versão londrina é apresentada algumas vezes na atualidade. Existe também um bailado, em um só ato, chamado As Bodas de Aurora, que consta de fragmentos de A Bela Adormecida, particularmente do último ato desse ballet e que foi representado pela primeira vez em Londres 1922. Há um grande número de personagens, além de imenso corpo de baile.

Personagens: Rei Florestano XXIV; Rainha; Canatalbutte, Mestre de Cerimônias; fada dos Pinheirais; Fada Flor de Cerejeira; fada dos Colibris; fada dos Pássaros Canoros; fada Cravo; Fada de Freixo da Montanha; Fada Lilás; Carabosse, a fada Má; Princesa Aurora; Príncipe Encantado (Desiré, algumas vezes chamado também de Florimundo); Gallison; Ratos; Amas da Princesa; Ministros de Estados; Pajens; arauto do Rei; Médico do Rei; Damas de Honra; Príncipe indiano; Príncipe italiano; Príncipe italiano, Príncipe inglês, Pierrette; Colombina; Pierrot; Arlequin; Gasto de Botas; gatinha Branca; Pássaro Azul; Princesa Encantada; Chapeuzinho Vermelho; Lobo; Barba Azul; Ariana; Ana; Sheherazade; Xá; Princesas de Porcelana; Mandarim.

O Prólogo e o primeiro ato transcorrem no século XVI. Os dois últimos atos no século XVII. Prólogo- O batizado

No pátio do Rei Florestano XXIV estão sendo feitos os preparativos para o batismo de sua filhinha, a Princesa Aurora. Vão aos poucos chegando damas e cavalheiros, anunciados e conduzidos por Cantalbutte, Mestre de Cerimônias. Num berço, dorme a princesinha. Uma fanfarra de trompas anuncia a entrada dos soberanos, que beijam a filha, e tomam assento nos tronos. Entram as boas fadas com presente para Aurora. A última a chegar é a Fada Lilás, que será a protetora da Princesa. As fadas prometem que Aurora terá beleza, graça e talento. Cada uma das fadas dança um curto solo característico, culminando com a valsa da Fada Lilás. Quando as fadas se reúnem em torno do berço, há uma agitação, e um pajem anuncia que está chegando Carabosse, a fada Má, que entra numa carruagem negra puxada por quatro ratos. A feiticeira está irada porque não foi convidada para ser madrinha de Aurora, como as outras fadas, e ameaça Cantalbutte. A fada Má tenta se aproximar do berço, mas as outras fadas a impedem. Carabosse virasse, então para os soberanos, e diz que a Princesa terá realmente graça e beleza, mas um dia espetará o dedo e morrerá. Carabosse tenta de novo se aproximar do berço, mas a Fada Lilás não deixa. Furiosa, ela se retira. A Fada Lilás consola a todos, dizendo que Aurora não morrerá, mas apenas ficará adormecida até que um Príncipe venha a despertá-la com um beijo de verdadeiro amor.

Marianela Nunez - Fada Lilás


Primeiro Ato- Encantamento

Estamos nos jardins do palácio real, 16 anos depois. O rei proibiria, desde a profecia de Carabosse, fusos e agulhas em seu reino. Há uma dança em honra de quatro príncipes, que vieram da Inglaterra, da Itália, da Espanha e da Índia, a fim de pedir a Mão da Princesa Aurora. Cantalbutte, ao ver fusos nas mãos de alguns jovens, apressa-se a arrancá-los deles, lembrando a proibição real. Entram o rei e a rainha. O rei, ao ver os fusos, fica furioso, mas é acalmo pela esposa. Depois que os príncipes se apresentam, entra Aurora. Aurora é apresentada aos príncipes, seguindo-se o conhecido adágio da Rosa, quando a princesa dança com os quatro

pretendentes. Depois, as danças das damas de honra e dos pajens. Uma velha encapuçada entra despercebida e oferece a Aurora um fuso de fios de várias cores. Aurora aceita, agita o fuso sobre a cabeça e espeta o dedo. Logo depois, cai ao solo. Ouve-se um estrondo, e Carabosse se revela como a velha, rindo triunfante e fugindo em seguida. A Fada Lilás aparece, manda que levem Aurora para o palácio e com sua varinha mágica, transforma o cenário numa floresta de árvores e flores.

Segundo Ato- A visão

Cem anos depois numa clareira na floresta à beira de um riacho. O Príncipe encantado com amigos. Quando estes se vão, o príncipe fica só e demonstra sua tristeza. Surge a Fada Lilás, a quem o príncipe conta seus desgosto. A fada, numa visão, lhe apresenta Aurora, e o príncipe se apaixona por ela. Dança com Aurora e outras fadas. Acaba a visão. O príncipe se queixa à Fada Lilás, que promote levá-lo ao castelo, onde a bela adormecida espera um beijo de amor.

Terceiro Ato - O Despertar e o Casamento

O grande salão do rei, envolto em pó e telas e aranha, num abandono de um século. No centro do salão, um esquife e dentro dele, a Princesa Aurora adormecida. Entram a Fada Lilás e o Princípe. Este se aproxima da princesa e a beija docemente. Aurora desperta, e logo o salão se enche de luz, desaparecendo os vestígios de abandono. O esquife mergulha no chão, e o palácio ressurge em todo o seu esplendor. Todos despertam do sono de cem séculos. Segue-se a grandiosa cena do casamento. Desfilam todos os personagens dos contos de fadas infantis, com suas danças característica. Depois, o Príncipe Desiré e a Princesa Aurora executam um longo pas de deux. Concluído este, todos se juntam numa brilhante mazurca final, numa grande alegria.

Prólogo - O Batizado - Em um grande salão do Palácio do Rei Florestan XIV

Em um reino distante, todos os preparativos estão prontos para festejar o batizado da princesa Aurora. Chegam convidados de todo o reino, trazendo presentes para a pequena princesa. Cattalabutte, o mestre de cerimônias, certifica-se de que a lista de convidados está correta e conduz os convidados aos seus lugares. O Rei e a Rainha são os últimos a entrar, recebendo os cumprimentos de seus convidados.
As seis fadas madrinhas de Aurora chegam, trazendo consigo peculiares presentes, bençãos, dando à princesa diferentes qulidades. Mas antes que o presente mais poderoso fosse entregue, o da Fada Lilás, uma enorme nuvem negra e um forte estrondo de trovão quebra a paz daquela festividade. Soldados aterrorizados entram e anunciam a chegada da fada mais poderosa de todo o reino, a fada do mal, Carabosse, que vem em sua carruagem seguida por ratos sem ter sido convidada.
A fada do mal anuncia seu presente à Aurora, a princesa crescerá bela, graciosa, saudável, mas ao completar 15 anos furará seu dedo e morrerá. A Corte fica horrorizada, a rainha implora pela vida de sua filha, mas Carabosse é irredutível. Ela está prestes a ir embora, quando a Fada Lilás bloqueia seu caminho, e anuncia então a benção que ainda não havia sido dada à princesa. Diz que não poderá impedir o feitiço lançado pela poderosa Carabosse, mas irá amenizá-lo, ao furar o dedo Aurora não morrerá, mas dormirá por muito tempo, até que um nobre e belo rapaz se apaixonará por ela, e com um beijo em sua testa a acordará.
Carabosse, enfurecida, tenta fazer uma apelo às outras fadas, que a repelem. Ela retorna à sua carruagem e vai embora em uma nuvem de ira. O Rei, a Rainha, e toda a Corte se reunem em volta ao berço, jurando proteger a pequena princesa de todo o mal.

Ato I - O Feitiço - Quinze anos depois, no jardim do Castelo

É o aniversário de Aurora e os preparativos estão todos prontos. A Corte inteira aguarda ansiosa a vinda da Princesa para saudar seus pais e os convidados. Quatro príncipes, vindos de diferentes países para homenagear e cortejar a princesa dançam com ela, que encanta a cada um deles com sua beleza e com sua dança.
A celebração prossegue, até que uma misteriosa figura envolta em um manto preto aparece, oferecendo um presente à princesa. É uma agulha, e a princesa nunca tinha visto nada como isso antes, pois objetos pontiagudos haviam sido proibidos por um decreto de seu pai. Fascinada, ela começa a brincar com a agulha, sem saber do risco que corre. Antes que alguém consiga pará-la, ela pica seu dedo e imediatamente começa a sentir os efeitos do feitiço. Ela dança atordoada até desmaiar. A figura que deu a agulha à princesa tira seu manto e revela ser Carabosse. A velha mulher ri da angústia de todos; os príncipes empunham suas espadas e a procuram, mas ela rapidamente desaparece, em meio à fumaça e fogo.
Após o desaparecimento de Carabosse, Fada Lilás aparece, assegurando ao Rei e à Rainha que Aurora não morreu, está apenas em um sono profundo. Chega o momento de concretizar o feitiço prometido no batizado da princesa, Fada Lilás, voltando-se para a população, que se encontrava no jardim, agita sua varinha, e o feitiço começa. O reino inteiro cai em sono profundo, com grandes arbustos e folhas encobrindo a todo o Castelo e seus jardins, protegendo a população dos olhos dos curiosos e dos malfeitores.

Ato II - A visão - Um reino distante, a floresta - Cem anos depois
Uma caçada chega a uma clareira na floresta, liderada pelo Príncipe Desirée. Nenhuma das diversões de seus amigos nobres ou dos amigáveis aldeões consegue dissipar sua tristeza, ele é deixado à sós com seus devaneios. A Fada Lilás aparece e faz o Príncipe ter uma visão, da adormecida Princesa Aurora. O Príncipe é conquistado pela sua beleza e pergunta à Fada Lilás quem é a bela moça e onde ele pode encontrá-la. A Fada faz parecer que a Princesa está ali mesmo, agitando sua varinha aparecem os espíritos da floresta, e no meio deles está a Princesa. Ela dança com o príncipe no meio dos espíritos, e desaparece com eles.
O Príncipe fica realmente ansioso para encontrar Aurora, e a Fada acena para que ele una-se a ela em seu barco de concha, eles navegam juntos o rio, rumo ao reino do rei Florestan

Ato III - O Despertar - No Castelo

O Príncipe Desirée e a Fada Lilás adentram os jardins do castelo, onde todos ainda dormem, até chegarem aos aposentos da Princesa, através de um caminho repleto de enormes teias de aranha. O Príncipe Desirée beija a testa de Aurora, despertando-a e a todo o reino, os arbustos e teias de aranha desaparecem. Desirée pede a mão de Aurora em casamento ao Rei Florestan, que imediatamente consente.

Ato IV - O Casamento de Aurora

Homenageando o casal, Fada Lilás convoca todos os personagens encantados. O gato de botas e a gata branca,chapeuzinho vermelho e o lobo mau, Cinderela e o príncipe, a Bela e a Fera, o pássaro azul e a princesa encantada, etc. Todos dançam alegremente, comemorando.

A Bela Adormecida é uma obra que Tchaikovsky criou no período de 1888 a 1889.Em um castelo ocorre o nascimento da princesa Aurora, que recebe uma visita de umas fadas que lhe darão muitos dons. As fadas são: Fada Amarela (alegria), Fada Rosa (amor), Fada Vermelha (paixão), Fada Branca (paz), Fada Verde (amor a natureza) e a Fada Lilas a fada principal.As fadas estavam presenteando Aurora com os dons, antes da Fada Lilás dar o seu presente, a Fada má chega muito brava por não ter sido convidada para o batizado. Então, joga uma maldição em Aurora, em que quando completasse o seu 15º aniversário ela tocaria em um fuso e morreria. Mas como a Fada Lilás não havia dado o dom, impediu a maldição em que invés de morrer, a princesa iria adormecer, até que alguém lhe desse o beijo do amor verdadeiro

Fada Lilás
Fada Amarela (alegria)
Fada Rosa (amor)
Fada Vermelha (paixão)
Fada Branca (paz)
Fada Verde (amor a natureza)
Fada Carabosse



Princesa Aurora - A Bela Adormecida ou Princesa Adormecida, em algumas produções, como a de Diaghilev em 1921 e 1939, tendo nesta ultima, Margot Fonteyn no papel principal.
Aurora tem variações delicadas, estilísticas e tecnicamente complexas. Ao mesmo tempo em que a bailarina precisa de virtuosismo para vencer as dificuldades do terceiro ato, precisa também de sutilezas, equilíbrio e delicadeza para o primeiro ato, quando apresenta um verdadeira técnica de pizzicato. São variações difíceis e que exigem extremo controle, principalmente nas incessantes piruetas do primeiro ato.


Príncipe Florimund - Também chamado Príncipe Desirée em muitas versões. Em algumas versões Aurora tem um irmão chamado Florimund e mais duas irmãs.
O Príncipe é, em todas as versões, um bailarino nobre que precisa conjugar esse estilo com a jovialidade do papel e o vigor técnico exigido nas variações e codas.


Fada Lilás – Fada da Sabedoria. Deve ser interpretada por uma bailarina alta, longilínea, fina e tecnicamente segura. Essa coreografia foi criada por Marius Petipá para que fosse dançada por sua filha Marie Petipá. É uma coreografia que exige enorme controle, possui muitos grand rond de jambes e piruetas de 5ª posição, cada movimento deve ser claramente mostrado, a música permite pequenos balances, que acabam por ser verdadeira exigência desta coreografia.


Fada Candide – Fada da pureza, traz também beleza e sinceridade à Aurora. São os primeiros presentes a serem dados à Princesa. A coreografia e a música são lentas, o trabalho de braços os fazem parecer extremamente leves, enquanto as pernas executam demi grand rond de jambes (developpés em algumas versões).

Fada Coulante / Fleur de Farine – Fada da vitalidade, elegância e encanto. Seus presentes à Aurora são mostrados através de uma forte música e coreografia, com agilidade nos rond de jambes en lair e intensos posés en dehors. Essa coreografia, em algumas versões, como a de Nureyev, é dançada por duas bailarinas, mas a coreografia original de Marius Petipá foi feita para uma só

Fada miolo de pão / migalha de pão – Fada da generosidade, abençoa o berço, de acordo com os costumes russos, para garantir que a criança não passe fome. Talvez a mais delicada e lenta das coreografias, é executada quase que do início ao fim sem descer das pontas, com muito fondu e pequenos saltos nas pontas.

Geórgia Geovanardi - Variação da Fada Branca


Fada Canário – Fada da eloqüência, da retórica. Ao som de uma flauta tocada agilmente a fada executa a alegre e agitada coreografia, com muitos pas de courus e agitando as mãos delicadamente ela busca representar seus presentes à princesa.

Fada Violente – Fada da paixão, da energia. Possui uma dança forte, vibrante, com uma melodia que não deixa dúvidas sobre o que a fada representa. É dançada com dois dedos apontados, a coreografia é repleta de posés piqués e giros.

Rei Florestan XIV e a Rainha - Pais de Aurora

Cattalabutte – O mestre de cerimônias

Pássaro Azul e Princesa Florine - O Pássaro Azul exige grande aprimoramento técnico do bailarino, que precisa ser leve e ágil ao mesmo tempo. Enquanto que a Princesa Florine exige extrema musicalidade e delicadeza.

Jaquelyne Barbieri e Michael F. de Vargas (Pas de deux de Pássaro Azul) no Festival de Joinville 2012


Chapeuzinho Vermelho e Lobo Mau

Fadas Ouro, Prata, Safira e Diamante - Pas de Quatre - Exigem agilidade, técnica e perfeição. Cada uma das fadas foi elaborada de maneira à corresponder a diferentes biotipos, exaltando diferentes qualidades de cada um individualmente.

Príncipe Sueco, Príncipe Russo, Príncipe Espanhol, Príncipe Francês

Condessa

Galisson – Tutor do príncipe

Gato de Botas e Gata Branca

Pequeno Polegar

Cinderela e Príncipe Fortuné

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Sessão Pipoca: A Bela Adormecida

Segue o Ballet completo, reposição do Ballet da Ópera Nacional de Paris (1999), com Aurelie Dupont e Manuel Legris nos papéis principais. Aproveitem!

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