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sábado, 28 de setembro de 2013

ão, ão, ão...

Esses dias estava eu refletindo sobre o que faz com que um grupo de pessoas se torne realmente um grupo, ou seja, crie laços entre si, um sentimento de amizade e companheirismo. Seria a união? Talvez. Mas afinal, o que quer dizer essa palavra, por vezes usada de maneira banal. No dicionário, entre as definições de união encontramos associação ou combinação de diferentes coisas, de modo a formar um todo. Também é definido como ligação ou combinação de esforços e de pensamentos. São ótimas explicações. Mas para mim, nessa pequena palavra está inserido um algo a mais. Talvez porque, em um lugar específico, chamado Dora Ballet, eu tenha visto como se forma e tudo o que um grupo realmente unido pode alcançar. 

Pois bem, para mim o companheirismo, o ‘tu me ajuda aqui e eu te ajudo ali”, a admiração uns pelos outros e a busca por um objetivo comum são alguns dos principais ingredientes da união. Mas a convivência talvez seja o essencial. Conviver a ponto de ter memórias coletivas e a ponto de se conhecer tão bem que um olhar, uma expressão facial, uma palavra ou uma curta frase diz tudo e traz milhares de boas recordações (e as vezes até uma vontade de rir compulsiva). Querem um exemplo: maravilhosa, esfiha de mm’s, arrumar a mala, Jóó, êra, Paula Fernandes, venha paulinha, Anysio, rébit o barulho que o sapo faz. Para a maioria das pessoas, são apenas palavras e frases soltas, aleatórias, sem nexo. Mas para nós, essa palavras lembram pessoas, carregam histórias, trazem de volta momentos especiais. E as vezes não precisamos nem sequer de uma palavra inteira, bastam duas letras: ão, ão, ão... União.Mas afinal, qual é o nosso objetivo em comum? Talvez apenas dançar, e nunca, jamais, perder essa alegria de viver, os sorrisos, as gargalhadas. Afinal, acima de qualquer mau humor ou desentendimento passageiro, sabemos que sempre teremos uns aos outros.